Oferecer acolhimento provisório para crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo (ECA, Art. 101), em função de abandono ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta.

A implantação do serviço de acolhimento institucional de forma consorciada entre os municípios de Apiúna, Ascurra, Botuverá, Guabiruba, Pomerode e Rodeio, na região da AMVE, surgiu para otimizar recursos, ampliar a capacidade de atendimento e responder melhor às demandas de crianças e adolescentes em vulnerabilidade. Enfrentando dificuldades orçamentárias e estruturais para manter unidades próprias, esses municípios optaram por organizar-se em consórcio, compartilhando recursos, instalações e custos operacionais. Essa estratégia permitiu ter maior qualidade, fortalecer a rede de proteção social e garantir atendimento próximo às famílias e suas comunidades. A cooperação também promoveu uma gestão mais eficiente dos recursos públicos e conformidade com as normativas do SUAS, que incentivam a articulação entre os entes federados. Com o tempo, essa abordagem consolidou-se na região, ampliando a rede de acolhimento e reduzindo o acolhimento em unidades distantes dos territórios locais.